segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Icones dos nossos tempos-Matra Murena

Uma das marcas mais importantes no panorama europeu das corridas dos anos 70 e 80 foi a Matra, quem não se recorda da Matra e dos seus fantásticos carros de corrida.
Hoje falamos de uma marca francesa que produziu os carros de competição com as mecânicas mais geniais que já vi. Do seu catálogo contamos modelos como o D-jet, o 530, o Bagheera, e este de que vos falo, um desportivo de 3 lugares frontais, um carro que facilmente enquadramos em uma qualquer fotografia dos anos 80 na cote d´azur, junto de uma top model dourada pelo sol, esta é uma imagem verdadeiramente adequada ao estilo e charme deste modelo da Matra, o Matra Murena.
Embalados pelo seu sucesso nas pistas na sequência do campeonato mundial obtido por Jackie Stewart, ao volante de um Matra-Tyrrell e os back-to-back em Le Mans em 1973/74, as credenciais de Matra eram irrepreensíveis, no que toca a competição, quando em 1976 começou a trabalhar naquele que seria o seu canto do cisne em termos de carros de estrada, o Matra Murena, um dos mais belos carros jamais feitos por terras gaulesas.


















Tinha muita pinta, era um carro desportivo com um estilo aerodinâmico, furtivo, e desafiador. Este estilo aerodinâmico foi um resultado óbvio das muitas horas gastas aprimorando o design no túnel de vento. E os resultados foram impressionantes: o Cx final (coeficiente de arrasto) avaliado em 0,328, o que, em 1980, foi sensacional. Para colocar esse número em perspetiva, deve-se compará-lo com outro "streamliner" dos anos 80: quando lançado, a aerodinâmica do Renault Fuego foi amplamente anunciada na sua propaganda, e mesmo assim apenas conseguiu 0,347...


O exterior-plástico de apenas doze painéis, ajustados a um spaceframe totalmente galvanizado e com ajuda da suspensão traseira MacPherson, na parte da frente foi adotado o sistema de barra de torção, set-up do Alpine/Solara, fizeram com que o Murena fosse um carro com um excelente comportamento dinâmico, pecando apenas pela ideia de falta de potência transmitida pelo brilhante chassis. No departamento da potência a Talbot foi a marca escolhida para fornecer os motores, a versão 1592cc tinha 92cv, com motor Talbot proveniente do seu predecessor o bagheera s, e uma versão 2156cc (ironicamente, uma capacidade idêntica à de 2.2 litros "Douvrin", da Renault) com uns corajosos 118cv, e muito mais torque, permitindo assim um desempenho mais condizente com o seu aspeto.
 Uma das críticas que surgiram na altura do seu lançamento é que aquele carro merecia mais potencia. A estabilidade direcional e falta de ruído do vento em alta velocidade foram pontos positivos. Mesmo com um motor de 2.2 litros, o chassi ainda clamava por mais poder. Picada por esta crítica da imprensa a Matra desenvolveu um modelo Murena 4S ("4S" = quatre soupapes, quatro válvulas). Com base no modelo padrão de 2.2 litros, o Murena 4S ostentava uma cabeça 16 Válvulas brilhante, o que elevou a potência máxima para uns muito mais respeitáveis 180cv. No entanto a Peugeot nu nca aprovou esta nem outras versões do Murena entre as quais uma magnífica versão com um motor v12 desenhado por André Legan.

O Murena é um carro francês da época de 80 que emana estilo e desportivismo. Imagino o que seria conduzir um destes carros na época. Era certamente uma experiencia positiva para o ego, ainda hoje é um carro que não passa despercebido por onde passa, imagino como seria na altura…























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