quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Icones dos nosso tempos-Fiat X1\9

Como já devem ter reparado tenho um particular gosto por carros italianos da velha escola, não me perguntem porque, mas os carros italianos dessa época fazem-me despertar os instintos mais carnais de desejo, acho-os verdadeiramente obras em que os deuses do design estavam ao comando da caneta quando eles foram feitos.
Neste caso foi pela mão de uma casa de renome chamada bertone, que pela mão de Marcello Gandini, eles se fizeram expressar no protótipo Autobianchi roundabout, um projeto com claras inspiração no mundo náutico, se lhe tirarem as rodas faz lembrar claramente uma lancha rápida.

Ora desse projeto surge aquele que para mim, é um dos carros mais interessantes do catálogo Fiat do final dos anos 70 princípio de 80, o Fiat x1/9. Um carro que parado parece que vai a 300, as suas formas em cunha, característica claramente inspirada no roundabout, fazem com que pareça rápido, mesmo parado.
Tem mesmo aquele aspeto de superdesportivo dos anos 80, configuração Targa motor central e tração traseira permitem criar uma silhueta bem vincada, e com muita sexyness, coisa que a casa bertone deixa bem patente nas suas linhas bastante atrativas.
Como desportivo este Fiat tinha um comportamento muito bom, proporcionado pela colocação do motor em posição central diretamente na frente no eixo traseiro. Mas não é só por isto que este carro tem boas prestações, por exemplo a colocação de centro de massa deste carro muito próxima do centro de gravidade, através da colocação do depósito e roda suplente no habitáculo são características de design que lhe permitem ter um desempenho acima da média.
Na parte da alma este Targa tem um coração do grupo Fiat, nomeadamente o sohc do fiat 128, na sua primeira versão com uns modestos 1300 de cilindrada. Foram substituídos depois pelo mais potente 1500 derivado do propulsor do Fiat ritmo, no entanto revelam-se mais do que capazes de gerar um bom desempenho, bem como causar algumas emoções fortes, basta para isso leva-lo a passear numa qualquer estrada secundária.
Estas suas características levaram que fosse também usado na competição por três grandes casas de preparadores de competição.
Primeiro foi o Filipinetti X1 / 9 da Scuderia Filipinetti, foi apresentado pela primeira vez no Salão Automóvel de Genebra, em 1973 como o primeiro Fiat X1/9 carro de corrida. Foi construído em cooperação com a Fiat pelo técnico e piloto Mike Parkes , que mais tarde desenvolveu e construiu o Lancia Stratos, isto dirá alguma coisa sobre o quanto avançado era este pequeno Targa, pensem só que este modelito influenciou o desenho do mítico Stratos.


















O Filipinetti tinha um motor de 1290 cc com injeção mecânica de combustível da lucas. O poderio era de cerca de 160 cv as 8.600 rpm, com uma velocidade máxima de 210 km / h, esta para mim era a versão com a estética menos agressiva, mas na minha opinião mais apelativa, acho que o body kit faz sem sombra de duvida realçar de forma sublime a estética do x1\9.




Com o intuito de substituir 124 Abarth como carro de rally principal da Fiat, a Abarth desenvolveu o x1\9 Abarth. No entanto este modelo foi preterido pelo 131 que acabou por ser o principal carro de rally da Fiat.
O X1/9 Abarth utilizava um motor com 1840cc com uma cabeça de 16v que era alimentado por carburadores gémeos de 44 milímetros Weber IDF . Externamente os carros tinham alargamentos pronunciados , um pequeno spoiler tipo duck tail na traseira e uma entrada de ar tipo f1 dos anos 70 projetada para alimentar os carburadores com o ar frioque passa  por cima do tejadilho, e sem duvida o seu aspeto diferenciador dos restantes modelos.

Por fim veio a Dallara e pensou, nos podemos fazer ainda melhor, e fez o que na minha opinião é a versão mais gritante deste modelo, digamos que não passa despercebida em lado nenhum.
Em 1975, o X1/9 foi escolhido pela Dallara para entrar no Campeonato Mundial de Marcas (no Grupo 5 da classe de Produção Especial). O Dallara Icsunonove (a pronúncia italiana de X1/9) contou com um X1/9 com motor modificado cabeça de 16v personalizado e alterações na suspensão e monocoque, a mais óbvia das quais são os paineis alargados maciçamente e o excesso de tamanho da asa traseira, na minha opinião tiravam a asa traseira e o carro esta perfeito, mas é só a minha opinião.

Espero que partilhem da minha opinião e que quando procurarem um targa, não se esqueçam desta joia do design, perdida no catálogo da Fiat

 

















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