Para fechar a semana vamos voltar a terra dos arcos
triunfantes, e do moulin rouge. Este modelo de que vos falo tem como característica
principal um caracol daqueles que fazem os carros andar depressa, neste caso
muito depressa. Falo-vos do Renault 11 turbo.
Este modelo do cardápio da Renault é sem dúvida um dos
carros com mais pinta dos carros de segmento medio da Renault da década de 80,
ate meados dos anos 90. E daqueles carros que não se esquece facilmente, tem
uma personalidade vincada de desportivo da classe trabalhadora, é completamente
no nonsense, é feito para andar
depressa e mais nada.
O Renault 11 Turbo é
comercializado em março de 1984, apenas 3 portas, É reconhecível palas jantes
em liga, o "stripping" nas
laterais, para-choques dianteiro com spoilers e luzes de nevoeiro integrados,
lava faróis, entre outras opções. Nesta sua primeira versão este carro tem para
mim a maior dose de testosterona, aquela frente com os 4 faróis quadrados faz
todo o sentido, torna ameaçadora a presença do R11, é um napoleão em forma de
carro. Em setembro de 86 este modelo recebe um restlyling que modificou a frente do carro adotando linhas mais próximas
do irmão, o Renault 9.
Tecnicamente este modelo recebeu um motor desenvolvido a
partir de um modelo vencedor, o motor de 4 cilindros rústico usado desde a
década de 1960 que se tornou famoso no Renault 8 Gordini. Usado no Renault 9
Turbo e Renault 11 Turbo este motor foi cubicado para 1397cc Este motor recebe
um turbo, um Garrett t2 a fazer de origem 0,7 bar, e uma ignição eletrónica
integral, o que lhe permite desenvolver 105 cavalos@5750 rpm e 165nm@2500rpm,
na fase 2 acrescente-se a estes números mais 10cv.
Com a abolição das competições de rali do Grupo B, Renault
achou por bem usar o seu R11 Turbo Grupo A, para o mundial de Rally. Este carro
tornou-se o carro oficial da Renault Sport, divisão desportiva da Casa francês.
O R11 Turbo preparado para o Grupo A, chegou aos 185 cv de potência máxima e
devido ao seu comportamento em estrada, a confiabilidade de seu motor e a altos
níveis de kit de unhas de grandes pilotos como Jean Ragnotti, Didier Auriol e
Alain Oreille, conseguiu reunir uma série de resultados interessantes, confirmado
assim em pista as potencialidades do carro de estrada.



Helder Teixeira, no Vicio dos Carros








