sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Ícones dos nossos tempos-Renault 11 turbo



Para fechar a semana vamos voltar a terra dos arcos triunfantes, e do moulin rouge. Este modelo de que vos falo tem como característica principal um caracol daqueles que fazem os carros andar depressa, neste caso muito depressa. Falo-vos do Renault 11 turbo.
Este modelo do cardápio da Renault é sem dúvida um dos carros com mais pinta dos carros de segmento medio da Renault da década de 80, ate meados dos anos 90. E daqueles carros que não se esquece facilmente, tem uma personalidade vincada de desportivo da classe trabalhadora, é completamente no nonsense, é feito para andar depressa e mais nada.









 O Renault 11 Turbo é comercializado em março de 1984, apenas 3 portas, É reconhecível palas jantes em liga, o "stripping" nas laterais, para-choques dianteiro com spoilers e luzes de nevoeiro integrados, lava faróis, entre outras opções. Nesta sua primeira versão este carro tem para mim a maior dose de testosterona, aquela frente com os 4 faróis quadrados faz todo o sentido, torna ameaçadora a presença do R11, é um napoleão em forma de carro. Em setembro de 86 este modelo recebe um restlyling que modificou a frente do carro adotando linhas mais próximas do irmão, o Renault 9.
Tecnicamente este modelo recebeu um motor desenvolvido a partir de um modelo vencedor, o motor de 4 cilindros rústico usado desde a década de 1960 que se tornou famoso no Renault 8 Gordini. Usado no Renault 9 Turbo e Renault 11 Turbo este motor foi cubicado para 1397cc Este motor recebe um turbo, um Garrett t2 a fazer de origem 0,7 bar, e uma ignição eletrónica integral, o que lhe permite desenvolver 105 cavalos@5750 rpm e 165nm@2500rpm, na fase 2 acrescente-se a estes números mais 10cv.








Teve também duas series especiais com body kit especifico, bem como alguns upgrades mecânicos, tinham a nomenclatura de zender e ferry. Na versão zender os body kits e jantes são da marca alemã que lhe da o nome, já na versao ferry é privilegiada a potencia. E uma versão um pouco mais equipada do modelo base, um upgrade comercializado especificamente para o R11 turbo com jantes de 15 polegadas da rial e mais uns pozinhos de pirlinpimpim, no motor, que permitiam a esta versão especial extrair do motor mais 25 a 30 cv.
Com a abolição das competições de rali do Grupo B, Renault achou por bem usar o seu R11 Turbo Grupo A, para o mundial de Rally. Este carro tornou-se o carro oficial da Renault Sport, divisão desportiva da Casa francês. O R11 Turbo preparado para o Grupo A, chegou aos 185 cv de potência máxima e devido ao seu comportamento em estrada, a confiabilidade de seu motor e a altos níveis de kit de unhas de grandes pilotos como Jean Ragnotti, Didier Auriol e Alain Oreille, conseguiu reunir uma série de resultados interessantes, confirmado assim em pista as potencialidades do carro de estrada.

Em suma, mais um carro diferente que, quer na sua versão de topo, o turbo, quer nas restantes versões, emana personalidade, mas na versão turbo essa personalidade é aliada a potência criando um atleta apurado, capaz de proporcionar grandes momentos de condução.

Helder Teixeira, no Vicio dos Carros

   






















quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Ìcones dos nossos tempos-Mazda RX

Por terras do sol nascente existe uma marca que se dedicou a um tipo de motores únicos, motores em que a entrega de potência era tao suave como seda, motores estes que perduram ate aos dias de hoje eternizados em máquinas de pornografia motorizada, falo obviamente da Mazda e dos seus magníficos RX.
Desde o seu início os modelos da Mazda que ostentam as siglas RX são conhecidos quer pela sua vertente tecnológica, com os motores Wankle, quer pelas suas linhas desportivas. Os mais recentes, o RX7 e RX8, são ma minha opinião um dos modelos mais apelativos da terra dos samurais dos dias de hoje. Mas como por ca fala-se de antigos vamos falar sobre os que poucos de nos vimos, os primeiros RX, os avos e bisavós do RX8, sim porque esta linha parece quase uma arvore genológica da Mazda, onde o denominador comum sãos motores do tipo wankle.
Estas siglas começaram por fazer parte do catálogo da Mazda sob a forma de coupé. O primeiro desta dinastia foi o RX2, tinha por base o 616, e foi o primeiro carro a ostentar as siglas RX, utilizava o rotativo motor wankle da Mazda, que nesta versão utilizava um duplo rotor de 1146cc, alimentado por um monstruoso carburador de 4 corpos, e produzia nada mais nada menos que 113cv@6500 rpm e 157nm@3500 rpm, valores de serie, nas versões de competição este pequeno motor transformava-se num monstro que facilmente atingia os 200cv.
O desempenho do RX2 era difícil de esquecer: 0-100km\h levava menos de 10 segundos,a velocidade máxima foi de quase 190 km\h, aliados a uma imagem desportiva fizeram deste primeiro RX um bom início para esta dinastia.

















O seu primo o RX3, outro belíssimo coupé, com linhas extremadamente agressivas, e provocadoras de joelhos a tremer com um simples vislumbre, teve por base o modelo 818 da Mazda.
Mecanicamente como todos os RX tem um motor wenkel, mas nesta evolução com o motor 10a da Mazda. Era ligeiramente menos potente, no entanto também era mais leve o que fez com que mesmo assim na versão de competição no campeonato japonês, a correr contra os skyline da Nissan ganhasse tão somente 50 corridas consecutivas.



 

 


















O RX4 era o mais dado a luxos, baseado no Mazda 929, este era um coupe mais luxuoso mas mesmo assim agressivo, q.b., este modelo teve primeiro como unidade motriz o 12a, mas foi depois pelo mais potente 13b com 135cv.tal como a restante família tenha mais versões para alem do coupé mas era nesta forma mais marcava, no entanto sofreu bastante com as crise da moeda no japão e com as crises petrolíferas, ficando assim um pouco aquém em termos de vendas.









Por ultimo o canto do cisne desta classe de RX, o RX5, que partilhava como 929 grande parte da plataforma esteticamente era mais americanizado, como tal era mais gordo e mais lento no entanto tinha no fator cool a sua melhor vertente.

 

 Na verdade todos os carros desta parte da família RX são coupés magníficos, o RX3 será certamente o mais consensual, mas esta família de coupés da Mazda tem uma mística especial, os seus motores trataram de fazer com que este nome fica-se gravado na memoria de todos com o brilhantes obras de engenharia, que quase todas as marcas de automóveis tentaram fazer, mas que só a Mazda o fez com sucesso.

Helder Teixeira, no vicio dos carros