terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Lendas do Padock-Rover vitesse TWR

Hoje nas lendas do padock, vamos falar novamente da TWR, uma das mais famosas, casas de preparação de carros de competição do reino unido. Vamos falar sobre um carro que foi perseguido por uma reputação de má qualidade de construção, nada incomum na produção industrial de 1970 na Grã-Bretanha. O "Aston Martin dos pobres" foi a alcunha usada por muitos para descrever este carro da Rover, falo-vos do Rover SD1 Vitesse da TWR.

Como carro de turismo o Vitesse venceu o BTCC nas mãos de Andy Rouse, em 1984, e chegou perto de ganhar a ETCC nos anos seguintes, mas a história do carro é complexo e enlameado, bem como toda a indústria automóvel britânica do final de 1970.
O desenvolvimento deste modelo, profundamente inspirado no Ferrari Daytona, foi entregue a uns senhores que já tinham feito maravilhas com os Jag V12 da britsh leyland, onde na década de 70 estava também inserida a Rover. Para este modelo de corrida foi escolhida a versão 3500 equipado com um motor Buick, um v8 com 190 cv para os comuns mortais, mas que na sua versão de competição atingiu números muito interessantes de potência, concretamente 307cv@7200rpm, em 1986, o ultimo ano de competição, este motor atingiu os 340cv.











O Vitesse fez a sua estreia no ETCC, em Donington, em maio de 1983, com Steve Soper e Jeff Allam terminando na nona posição. A primeira vitória veio em condições de chuva no Tourist Trophy, em Silverstone em setembro com Soper e René Metge ao volante. No ano seguinte, não houve vitórias no ETCC com o Jaguar a limpar tudo, mas Andy Rouse ganhou o BTCC no seu Vitesse, fixando o meio do seu hat-trick de títulos. Houve sucesso também no continente, como Kurt Thiim a ganhar o DTM no seu Nickel Racing Vitesse, mais um espinho atravessado nos alemães, um britânico a levar para casa o título do DTM.















A Rover abriu o ETCC de 1985 com um 1-2-3 em Monza, e levou para casa as vitórias nas três rondas de início de campeonato. No entanto a TWR perdeu o título para o Volvo da Eggenberger, embora ganhasse por seis vezes não foi suficiente. A Rover ganhou o título em 1986, ou, pelo menos, reivindicou esse título por algumas semanas antes de FISA ter lembrado as mudanças de regras e levou o título longe de Win Percy para o dar a Roberto Ravaglia.
No final da temporada a Rover, ao lado da Volvo, retirou-se, o que significa que muito parecido com o seu homólogo de estrada, o Vitesse chegou perigosamente perto de ser um sucesso retumbante na pista, mas as circunstâncias (na forma da regulamentação em vez de conflitos laborais) dificultou o carro e impediu-o de atingir o seu verdadeiro nível. Ou será que não foi só isso…
Na minha opinião é um carro brilhante que só não foi mais longe por que não o deixaram ir, caso contrário teria sido um daqueles carros que todos nos recordaríamos com saudade. Eu pessoalmente adoro este modelo primeiro porque me lembra o daytona e depois porque é uma máquina com um poderoso v8 proveniente do outro lado do charco, que produz uma sonoridade magnífica.


Helder Teixeira, no Vicio dos Carros












Sem comentários:

Enviar um comentário