quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Crónicas de um viciado

Hoje decidi voltar a falar sobre um carro que marcou a minha infância, mas desta vez não trago para a mesa um clássico de Hollywood ou um Muscle Car sedento de andar à porrada. Na verdade, o carro de que vou falar hoje tem versões com menos de 1000cc e a mais potente é equipada com um 4 cilindros 1.8 Turbo de 16 válvulas.

É famoso no mundo inteiro pelos seus feitos no desporto automóvel, apesar de nunca ter sido carro de pista. Aliás, este carro preferia estradas secundárias ou dunas no deserto.

Teve direito a uma versão descapotável, outra de motor central e tracção às 4 rodas e até carrinha comercial, que em Portugal é uma raridade, mas que já tive o prazer de ver circular.

Inequivocamente, falo do Peugeot 205.



Sinceramente, quão cool pode ser um carro? Porque este é mesmo muito, muito cool. Foi um dos melhores carros de rally de todos os tempos, andou no Dakar com uma distância entre eixos maior, teve o XS, Rallye, GTI, CTI, T16 e até o  DTurbo e STDT, que eram essencialmente GTI's com motores turbodiesel.

Escusado será dizer que vendeu como croissants quentinhos. 

No meio disto tudo, eu sempre fui louco pelo carro, acho-o lindo, desde as versões de estrada às de competição e, conforme fui envelhecendo e comecei a conduzir e a ter umas noções do que aprecio num carro do ponto de vista do condutor, o 205 continuou a encher-me completamente as medidas. 

É a minha referência do seu segmento.




Para alguns é o melhor hot hatch de todos os tempos, para outros esse título abrange toda a categoria de hatchbacks, o que são terrenos complicados de percorrer, porque o nosso blogue não está preparado para ser invadido por uma brigada de Hondas Civic, seguida de outras de VW's Golf, Renault's Clio, Seat's Ibiza e por aí adiante, todos a tentarem reclamar o título para si. Além disso, o melhor hatchback de sempre é o Lancia Delta Integrale, mas façam de conta que não fui eu que vos disse.

Muito fica por dizer em relação ao Peugeot 205, mas afinal de contas, isto não é uma revisão, é uma opinião de um tipo que escreve na net sobre carros. E acreditem que a minha opinião em relação a este é extremamente forte, guardo por ele um carinho especial e vivo com aquela sensação estranha de ter saudades de algo que nunca tive, sempre que penso neste pequeno carro francês.












Gonçalo Sampaio, no Vício dos Carros

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