terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Lendas do padock-MG metro 6R4

Continuando com os supercompactos mais smart`s das corridas, desta feita nas lendas do padock vamos falar sobre um bristh bulldog, que correu no grupo b dos rallys. Um daqueles carros que causa tanto impacto visual que nos faz doer os olhos, e ter orgasmos pelos ouvidos ao vê-los de perto, as vossas vénias para o MG metro 6r4.
Desenvolvido a partir do best-seller inglês, o metro, este grupo B, apenas partilha com o original as letras do nome. Este tração as 4 com um brutal 6 cilindros, foi desenvolvido nada mais nada menos que pela Williams Grand Prix Engineering. O carro resultante foi mostrado ao mundo em Maio de 1985. Foi alimentado por um 3 litros V6 projetado por David Wood que usou um pouco da arquitetura do motor Cosworth DFV dos anos 70, apresentava árvores de cames individuais e quatro válvulas por cilindro. O motor foi uma rutura com a norma, uma vez que não foi turbo como a maioria dos seus concorrentes eram. Foi montado de trás para a frente no carro, a tração as quatro rodas era permanentemente, e fazia acionar veios separados para os diferenciais dianteiro e traseiro. O diferencial traseiro foi montado ao lado do cárter do motor, com um semi-eixo a atravessar o cárter para a roda traseira do lado mais próximo.
Grande parte da carroçaria exterior era feita de fibra de vidro, com a única exceção sendo os painéis do tejadilho (que eram de alumínio) e as portas de aço. De fato, os modelos agora em exposição geralmente têm adesivos demonstrando onde é seguro para empurrar quando deslocam o veículo, de modo a não danificar a carroceria.
O 6R4 apareceu com dois aspetos. Houve um chamado de Clubman, que era a versão de estrada, que tinha perto de 250 cv, dos quais cerca de 200 foram feitos e vendidos aos demais mortais, para efeitos de homologação. Apenas 20 Foram construídos segundo as especificações internacionais que tiveram uma potência registrada de mais de 410 cv. Na sua estreia no rally Rac de 85, conduzido por Tony Pond, terminou num altamente respeitável terceiro lugar, atrás de dois Delta S4s Lancia.

Este bom começo, infelizmente, não se repetiu, e apesar do 6R4 ter sido inscrito nos rallys de Monte Carlo, Suécia, Portugal e Córsega durante a temporada de 1986, nenhum dos Metros conseguiu completar um rally. A maioria desses problemas estavam relacionados com o motor V6. No meio do caminho durante a temporada de 1986, o Grupo B foi proibido (na sequência de uma série de acidentes fatais em que ambos os concorrentes e espectadores perderam as vidas). Daquele ponto em diante, o 6R4 deixou de ser competitivo e tal como a maioria dos grupo B passou a correr no rally-cross onde foi muito bem-sucedido.

Austin Rover retirou-se da cena dos rallys no final da temporada, mas em 1987 todas as peças e motores foram vendidos a Tom Walkinshaw Racing, o motor V6 reapareceu no Jaguar XJ220, desta vez com turbos, uma lenda que fica para outra altura.

Helder Teixeira, no Vicio dos Carros











         









Sem comentários:

Enviar um comentário